sábado, 28 de novembro de 2009

A DIVISÃO SIMPLES, DIVISÃO CERTA E DIVISÃO PERFEITA

Beremiz Samir e seu companheiro encontraram, durante uma viagem pelo deserto, um pobre viajante, roto e ferido. Tratava-se de um rico xeque que teve sua caravana saqueada por nômades persas do deserto e conseguira escapar escondendo-se em meio aos corpos de seus escravos. Após expor toda sua história o rico xeque perguntou aos viajantes se eles traziam algo para comer, então lhes propôs uma sociedade e ao chegar em casa ele pagaria o que comesse com 8 moedas de ouro. Beremiz trazia consigo 8 pães e seu companheiro 5 pães. Ao chegarem a Bagdá o xeque solicitou a presença do vizir e ordenou que efetuassem o pagamento prometido aos viajantes. Chegou o ministro com as 8 moedas, entregando 5 moedas a Beremiz e 3 a seu amigo. O homem que calculava contestou a divisão advertindo-os que aquela divisão era simples mas não a matematicamente correta. E continuo dizendo que o pagamento correto deveria ser 7 moedas para si e 1 moeda para seu amigo. Todos ficaram curiosos e ouviram atentamente sua justificativa.
- Bom – disse Beremiz – Ao realizarmos essa sociedade juntamos nossos pães, ao todo 8, e a cada momento em que sentíamos fome eu pegava um pão e dividia em 3 partes iguais, logo tínhamos 24 pedaços de pães onde 15 me pertenciam e dos quais 8 comi enquanto 7 eu dei. Por outro lado meu companheiro possuía 9 pedaços de pães dos quais 8 ele comeu e 1 ele deu, portanto o pagamento que me cabe é de 7 moedas de ouro e 1 moeda para meu amigo.
Após uma demonstração perfeita do homem que calculava, o ministro repartir as moedas como ordenava a matemática: 7 para ele e 1 para seu companheiro.
Inquieto, Beremiz tomou todas as moedas e disse:
- Essa divisão pode ser certa mas não é perfeita aos olhos de Deus! Pegou então as moedas e repartiu em duas partes iguais, dando 4 para seu amigo e guardando 4 para si. Oohhh! Beremiz estava em vantagem na divisão de 5 e 3; não contente demonstrou que deveria ser 7 e 1; Porém a divisão que prevaleceu foi a divina!!!

Este texto foi adaptado do livro “O homem que calculava” de Malba Tahan, leitura que recomendo a todo estudante, em especial àqueles que gostam de histórias de aventuras. Um abraço Prof. Magrão.

3 comentários:

Profº Vasquez disse...

Bom esse blog, hein Magrão!

Parabéns!!

Profº Vasquez disse...

Bom esse blog, hein Magrão!

Parabéns!!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.